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No último domingo, 13 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o centro das atenções durante a cerimônia de premiação da final do Mundial de Clubes da FIFA, realizada no MetLife Stadium, em East Rutherford, Nova Jersey. O evento, que consagrou o Chelsea como campeão ao derrotar o Paris Saint-Germain por 3 a 0, foi marcado por uma recepção mista ao líder americano, com aplausos calorosos de alguns torcedores e vaias estridentes de outros, refletindo a polarização que sua presença costuma gerar. Acompanhado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, Trump participou da entrega de medalhas e do troféu, mas sua aparição no gramado e no telão do estádio desencadeou reações intensas da multidão.
A chegada de Trump ao MetLife Stadium, escoltado por um comboio de três helicópteros por volta das 14h30 (horário local), foi recebida com aplausos e cânticos de “USA! USA!” por parte dos torcedores, especialmente entre os fãs americanos presentes. No entanto, o clima mudou quando o presidente apareceu no telão do estádio durante a execução do hino nacional dos EUA, que, de forma incomum, foi tocado imediatamente antes do início da partida, em vez de uma hora antes, como vinha sendo o padrão no torneio. As câmeras captaram Trump saudando ao lado de Infantino, mas o som de vaias ecoou pelo estádio, forçando uma rápida mudança de foco das imagens.
A presença de Trump no evento, que coincidiu com o primeiro aniversário de uma tentativa de assassinato contra ele em um comício em Butler, Pensilvânia, foi marcada por forte simbolismo. Acompanhado pela primeira-dama Melania Trump, pelo ex-quarterback Tom Brady, pelo magnata da mídia Rupert Murdoch e por membros de seu gabinete, como a procuradora-geral Pam Bondi, o secretário de Transportes Sean Duffy e a secretária de Segurança Interna Kristi Noem, Trump ocupou um camarote de luxo no estádio. O evento também contou com a presença de figuras como o presidente do PSG, Nasser El-Khelaifi, e o presidente do Chelsea, Todd Boehly, reforçando o peso político e econômico da ocasião.
Após a vitória do Chelsea, Trump desceu ao gramado ao lado de Infantino para a cerimônia de premiação. Ele entregou medalhas aos árbitros e jogadores, incluindo a Bola de Ouro ao meio-campista do Chelsea, Cole Palmer, que marcou dois gols na final. No entanto, a reação da torcida foi novamente mista: enquanto alguns aplaudiam, outros vaiavam ruidosamente, especialmente quando Trump posou para fotos com os árbitros e permaneceu no centro do palco durante a entrega do troféu. Um momento constrangedor ocorreu quando Infantino tentou reposicionar Trump para trás dos jogadores do Chelsea, permitindo que o capitão Reece James levantasse o troféu sem a presença dominante do presidente no centro das câmeras.
“Eu sabia que ele estaria lá, mas não sabia que ele ficaria no palco quando levantássemos o troféu, então fiquei um pouco confuso”, disse Cole Palmer em entrevista após o jogo, refletindo a surpresa de alguns jogadores com a presença de Trump durante a celebração.
A participação de Trump no Mundial de Clubes está intimamente ligada à sua relação com a FIFA e ao seu desejo de usar eventos esportivos globais, como o Mundial de Clubes de 2025 e a Copa do Mundo de 2026, para promover a imagem de uma “Era de Ouro Americana”. A FIFA, por sua vez, reforçou essa conexão ao abrir um escritório em Trump Tower, em Nova York, na véspera da final. Durante uma coletiva de imprensa no local, Gianni Infantino evitou perguntas sobre decisões controversas da FIFA, como a escolha da Arábia Saudita para sediar a Copa do Mundo de 2034, mas elogiou Trump, afirmando que “a era de ouro do futebol global começou”.
A presença de Trump no evento também gerou preocupações sobre possíveis implicações políticas, especialmente em relação à imigração. Postagens nas redes sociais da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) sugerindo segurança reforçada para o torneio levantaram temores de que estádios poderiam ser alvos de operações de imigração, embora autoridades tenham negado qualquer intenção de realizar prisões em massa durante os jogos.
Nas redes sociais, a reação ao evento foi igualmente polarizada. Usuários no X relataram tanto apoio quanto críticas a Trump. Alguns celebraram sua presença, destacando os aplausos recebidos, enquanto outros zombaram das vaias, comparando-as a momentos semelhantes em eventos esportivos anteriores, como um jogo da World Series em 2019 e uma luta de boxe em 2021. Um usuário brasileiro escreveu: “Trump foi vaiado no MetLife Stadium ao entregar o troféu do Mundial de Clubes ao Chelsea. Nem no futebol Trump escapa do VAR da realidade”.
Em uma entrevista à DAZN, Trump aproveitou para homenagear o lendário jogador Pelé, relembrando sua passagem pelo New York Cosmos na década de 1970, o que gerou comentários positivos entre os fãs de futebol. “Eu vim assistir ao Pelé, e ele foi fantástico”, disse Trump, comparando-o a ícones como Babe Ruth.
A final do Mundial de Clubes, realizada em um estádio que também sediará a final da Copa do Mundo de 2026, foi mais do que uma celebração esportiva. A presença de Trump, as vaias e aplausos, e a proximidade com Infantino destacam como o futebol, muitas vezes visto como um esporte global unificador, pode se tornar um palco para divisões políticas e culturais. Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, a interação entre Trump e a FIFA sugere que o evento será usado como uma vit maquinária política, enquanto torcedores, jogadores e organizadores navegam pelas tensões que essa presença inevitavelmente traz.