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A Polícia Civil de São Paulo deu um passo significativo na investigação do assassinato do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 35 anos, encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital, no dia 3 de junho de 2025. Um segurança que trabalhava no evento de motos frequentado pela vítima foi identificado como principal suspeito, trazendo novos desdobramentos a um caso que tem intrigado autoridades e chocada a sociedade. Com mandados de busca e apreensão cumpridos, a investigação avança para esclarecer as circunstâncias de um crime marcado por mistério e contradições.
Adalberto, um empresário catarinense dono de uma rede de óticas e apaixonado por esportes de velocidade, desapareceu na noite de 30 de maio, após participar de um festival de motos no Autódromo de Interlagos. Sua última comunicação foi uma mensagem enviada à esposa, Fernanda Dândalo, às 19h48, informando que iria para casa jantar. Câmeras de segurança registraram seus últimos passos no estacionamento do kartódromo anexo, mas o que aconteceu depois permaneceu envolto em mistério até o corpo ser encontrado, quatro dias depois, por um funcionário de uma obra no local.
O corpo de Adalberto foi descoberto em um buraco de aproximadamente três metros de profundidade e 40 a 70 centímetros de diâmetro, em uma área isolada por tapumes. Ele estava sem calça, sem tênis e com sinais de morte violenta por asfixia, possivelmente causada por esganadura ou compressão torácica, conforme apontou o laudo da Polícia Técnico-Científica. A presença de terra no nariz, olhos e ouvidos da vítima levantou a hipótese de que ele poderia estar vivo, embora possivelmente desacordado, quando colocado no buraco.
Na manhã desta sexta-feira, 18 de julho, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou uma operação para reunir novas provas. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao suspeito, resultando na apreensão de cinco notebooks, sete celulares e 21 munições calibre .38. O principal suspeito, um segurança que atuava no evento de motos, é lutador de jiu-jitsu e possui antecedentes criminais por furto e ameaça. Seu nome não foi divulgado devido ao sigilo judicial das investigações.
Quatro pessoas, incluindo o suspeito, foram conduzidas à delegacia para prestar depoimentos. A polícia acredita que o segurança, por sua experiência em artes marciais, pode ter aplicado um golpe como o “mata-leão”, que poderia explicar as escoriações no pescoço de Adalberto e a ausência de fraturas ou sinais externos de violência. A investigação também considera a possibilidade de mais de um envolvido, já que uma testemunha-chave, que quebrou o silêncio em junho, apontou três seguranças como possíveis autores do crime.
A investigação revelou detalhes intrigantes. Manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto pertencem a ele e a uma mulher ainda não identificada, descartando a esposa como fonte do material genético. A ausência de álcool ou drogas no organismo da vítima, confirmada por exames toxicológicos, contradiz o depoimento de Rafael Aliste, amigo que o acompanhava no evento. Rafael afirmou que ambos consumiram maconha e cerca de oito copos de cerveja, descrevendo Adalberto como “eufórico” e “agitado”. A delegada Ivalda Aleixo, do DHPP, classificou o relato como “curioso”, já que as substâncias mencionadas têm efeito depressor, e apontou “falhas e lacunas” no depoimento, embora Rafael não seja considerado suspeito.
Outro ponto de atenção é a câmera GoPro acoplada ao capacete de Adalberto, que desapareceu. Objetos de valor, como celular, carteira e uma jaqueta avaliada em quase R$ 3 mil, foram encontrados com o corpo, afastando a hipótese de latrocínio. A polícia mapeou os possíveis trajetos de Adalberto no autódromo, usando a técnica de “espelhamento” em 3D, e concluiu que ele não chegou ao carro após deixar o evento. A área onde o corpo foi encontrado, de acesso restrito, sugere que o autor do crime tinha conhecimento prévio do local.
A morte de Adalberto, descrito por amigos e familiares como alguém sem inimigos ou envolvimento em atividades de risco, continua a intrigar. Ele era conhecido por sua paixão por corridas e por promover ações sociais, como arrecadações para instituições beneficentes. Sua esposa, Fernanda, expressou a angústia da perda: “É um pesadelo sem respostas.” A comunidade de Interlagos e os frequentadores do autódromo acompanham o caso com expectativa, enquanto a polícia trabalha para encaixar as peças de um quebra-cabeça que mistura violência, mistério e possíveis acertos de contas.
A Polícia Civil mantém o sigilo sobre detalhes adicionais para preservar a eficácia das diligências. A expectativa é que os depoimentos e as análises dos materiais apreendidos tragam respostas definitivas sobre o que aconteceu na fatídica noite de 30 de maio. Enquanto isso, o caso reforça a necessidade de segurança em grandes eventos e levanta questionamentos sobre o controle de acesso em áreas restritas.