Oposição Acusa Frelimo de Fraude e Exige Anulação das Eleições

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 atmosfera política na província de Gaza tem sido marcada por tensão e controvérsia após as eleições de 9 de outubro, onde a Frelimo foi declarada vitoriosa. Os partidos da oposição, PODEMOS e MDM, não aceitaram os resultados, acusando o partido no poder de fraudar o processo eleitoral.

Na quarta-feira, porta-vozes de ambos os partidos chamaram a imprensa para denunciar o que consideram um roubo eleitoral. Amândio Hoguana, porta-voz do PODEMOS, foi enfático ao afirmar que “esta é uma vitória roubada do povo”, alegando enchimento de urnas e suborno de delegados eleitorais. O MDM, por sua vez, destaca a exclusão dos seus membros de mesa de voto (MMV) em quatro distritos, o que teria impactado diretamente os resultados.

A Frelimo, por outro lado, mantém sua posição de que os resultados refletem a vontade popular. Daniel Matavele, Primeiro Secretário do partido na província, pediu à oposição para aceitar os resultados e respeitar a escolha dos eleitores.

Apesar das contestações, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) validou os resultados, mantendo a Frelimo como vencedora em Gaza, o que tem provocado ainda mais inquietação entre os partidos opositores. Tanto o PODEMOS quanto o MDM estão a considerar levar o caso ao Conselho Constitucional, enquanto a Renamo promete uma reação oficial nos próximos dias.

Essa não é a primeira vez que eleições na região geram polêmica. Nas eleições municipais na Beira, por exemplo, o MDM também alegou irregularidades, com subtração de votos para favorecer a Frelimo. O partido já recorreu ao Conselho Constitucional em busca de justiça. O líder do MDM, Domingos de Albuquerque, afirmou que “os votos subtraídos ao MDM correspondem a 9%”, o que teria alterado a distribuição de cadeiras na Assembleia Municipal.

A situação em Gaza reflete uma crise mais ampla no sistema eleitoral de Moçambique, onde denúncias de fraude, manipulação de resultados e exclusão de membros da oposição se tornaram recorrentes. Com a oposição prometendo não descansar até que a “verdade eleitoral seja reposta”, e a Frelimo mantendo sua postura firme, o cenário político em Moçambique pode enfrentar novas turbulências.

Palavras-chave: eleições em Gaza, PODEMOS, MDM, Frelimo, fraude eleitoral, Comissão Nacional de Eleições, Conselho Constitucional