Bolsonaro planeou golpe e sabia de plano para assassinar Lula, conclui polícia

A Polícia Federal brasileira apresentou um relatório em que acusa Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, de planejar e liderar diretamente uma tentativa de golpe de Estado, além de estar ciente de um plano para assassinar o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e outras figuras políticas, como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o juiz Alexandre de Moraes.

Principais conclusões do relatório:

• Envolvimento no golpe: Bolsonaro teria domínio direto sobre os atos da organização criminosa responsável por tentar abolir o Estado Democrático de Direito. O golpe não foi concretizado devido a circunstâncias alheias à sua vontade.

• Plano de assassinato: Documentos apontam que Bolsonaro sabia de um plano militar para envenenar Lula e outras autoridades. Esse plano, conhecido como Punhal Verde Amarelo, teria sido elaborado e impresso no Palácio do Planalto.

• Outros envolvidos: Além de Bolsonaro, o relatório incrimina 36 outras pessoas, incluindo militares, ex-ministros e Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal. Provas incluem mensagens, áudios e imagens coletadas durante as investigações.

• Eventos pós-eleitorais: Após a derrota de Bolsonaro em 2022, o Brasil enfrentou episódios como bloqueios de estradas, acampamentos pró-intervenção militar e o ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quando bolsonaristas invadiram sedes dos Três Poderes.

Próximos passos:

O Ministério Público terá 15 dias para decidir se apresentará denúncia formal contra Bolsonaro e os outros acusados ao Supremo Tribunal Federal. O prazo pode ser estendido caso mais informações sejam solicitadas.

O caso traz à tona semelhanças com episódios similares nos EUA, envolvendo Donald Trump, e destaca o impacto da desinformação e polarização política na estabilidade democrática.

Palavras-chave

Brasil, Jair Bolsonaro, golpe de Estado, tentativa de assassinato, democracia.