Frelimo: Manifesto ou Encomenda? Samuel Simango não perdoa!

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analista político Samuel Simango não poupou críticas ao manifesto eleitoral da Frelimo, partido que governa Moçambique há décadas. Em uma análise afiada e carregada de humor, Simango afirmou que o documento, longe de abordar realisticamente a situação do país, parece mais uma encomenda do atual presidente Filipe Nyusi para o candidato da Frelimo às próximas presidenciais, Daniel Chapo.

Simango, figura conhecida do Noite Informativo, não hesitou em classificar o manifesto como “relativamente pobre”, refletindo, segundo ele, o pensamento não só do antigo secretário-geral da Frelimo, mas também do atual, que se mantém no Comitê Central. “Há um grupo de pessoas que pensa pelos outros e depois impõe a sua decisão”, disparou.

Para Simango, o manifesto faz parecer que Chapo, o atual visado, não tem pleno domínio do documento. “Não se sabe se ele estará comprometido com este manifesto”, explicou.

Em uma crítica mordaz, Simango comparou a situação aos carpinteiros e madeira, uma referência ao discurso de Chapo que tentou vender a imagem da Frelimo como os “carpinteiros” e ele, Chapo, como a “madeira”. “Estamos a dizer que os carpinteiros vão dar corpo ao pensamento dele, o que esvazia a alguém que pretenda ser presidente”, ironizou Simango.

O analista concluiu que o manifesto da Frelimo descreve uma situação hipotética de razoabilidade no país, tentando passar a ideia de que muitos problemas já foram resolvidos e que os poucos restantes continuarão a ser solucionados. Para Simango, trata-se de uma visão excessivamente otimista e descolada da realidade.

Em suma, Samuel Simango deixou claro que, na sua opinião, o manifesto eleitoral da Frelimo é um exercício de retórica, longe de abordar as verdadeiras questões que afligem Moçambique. E você, leitor, o que acha? Será que o manifesto traz mesmo respostas realísticas ou é apenas mais um capítulo da novela política do país?