Hélder Martins denuncia fraude eleitoral e apela por diálogo nacional urgente

A histórica figura da Frelimo, Hélder Martins, endereçou uma carta contundente ao presidente Filipe Nyusi e ao secretário-geral do partido, Daniel Chapo, reconhecendo irregularidades graves nas eleições de outubro e clamando por mudanças urgentes para restabelecer a credibilidade política no país.

Denúncia de fraude eleitoral

Hélder Martins afirmou que relatórios de observadores independentes comprovaram a manipulação dos resultados eleitorais para favorecer a Frelimo, o que, segundo ele, afastou até mesmo militantes e simpatizantes do partido. O ex-ministro da Saúde enfatizou que os órgãos eleitorais estão “totalmente descredibilizados”, comprometendo a confiança da população.

Principais pontos denunciados por Hélder Martins:

• Irregularidades graves: Eleições marcadas por fraudes que abalaram a legitimidade política.
• Instabilidade sociopolítica: A fraude gerou protestos e descontentamento generalizado nas cidades moçambicanas.
• Repressão excessiva: Condenação da violência policial contra manifestações, descrita como um “atentado à Constituição”.

Proposta de solução: Conferência Nacional Abrangente

Para enfrentar a crise, Hélder Martins sugeriu a realização de uma Conferência Nacional Abrangente, que reuniria candidatos presidenciais, acadêmicos e membros da sociedade civil. Segundo ele, o evento seria uma oportunidade para construir um consenso nacional e evitar o agravamento da crise política.

Ele destacou que essa iniciativa não deve depender do Conselho Constitucional, considerado incapaz de lidar com o impacto social e político das eleições.

Impacto e repercussão

A carta reflete uma voz dissidente dentro da Frelimo, sinalizando divisões internas e chamando atenção para a necessidade de reformas urgentes. Martins alertou que a violência policial apenas alimenta o ciclo de instabilidade, afirmando que “pensar que se pode vencer na política com tirania é um erro gravíssimo”.

Palavras-chave

Hélder Martins, fraude eleitoral, repressão policial, instabilidade política, Frelimo, Filipe Nyusi, Conferência Nacional Abrangente, democracia em Moçambique.