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Na manhã desta sexta-feira, um incêndio devastador tomou conta de um armazém no bairro de Chamanculo, em Maputo, consumindo quase todos os produtos armazenados, que incluíam eletrodomésticos, roupas e calçados. O Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) aponta para a auto-combustão como a causa mais provável, exacerbada por condições precárias de armazenamento e falta de ventilação adequada.
Leonildo Pelembe, porta-voz do SENSAP, explicou que as paredes aquecidas liberaram calor para o interior, onde os produtos atingiram o ponto de inflamação. “A deficiência no armazenamento também contribuiu significativamente”, acrescentou Pelembe, destacando que o incidente serviu para revelar a operação clandestina do armazém, que abastecia várias lojas na cidade sem as devidas licenças ou condições de segurança.
O evento não só resultou em perdas materiais avultadas, cujos valores ainda não foram divulgados pelos proprietários, mas também colocou em xeque a segurança de tais estabelecimentos em Moçambique. A estrutura arquitetônica frágil do armazém contribuiu para o desabamento do teto, um detalhe que agrava a tragédia, mostrando a negligência em padrões básicos de construção e manutenção.
Este incidente, embora infeliz, não surpreende totalmente aqueles familiarizados com as condições de muitos depósitos comerciais na região. A falta de regulamentação e fiscalização eficazes cria um ambiente propício a desastres como este. A comunidade local e os internautas, através de posts no X, expressaram sua consternação e crítica à situação, questionando como tais locais operam sem serem detectados pelas autoridades.
Enquanto os bombeiros conseguiram controlar as chamas, a discussão sobre segurança, regulamentação e a necessidade de reformas nas práticas de armazenamento e construção em Maputo ganha força. Este incêndio serve como um lembrete sombrio da importância da prevenção e da aplicação rigorosa das normas de segurança.
Palavras-chave: incêndio, Maputo, armazém, segurança, eletrodomésticos, auto-combustão, desabamento.
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