Em resposta às críticas e manchetes que circulam desde as manifestações de segunda-feira na Cidade de Maputo, o Executivo, através do seu porta-voz Filimão Suazi, assegurou que não houve ataque direcionado a jornalistas. Segundo o governo, os profissionais da imprensa acabaram atingidos por balas de gás lacrimogéneo simplesmente porque estavam no mesmo local onde ocorriam confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.
“Eu não posso assumir que houve disparos contra jornalistas, porque não é verdade. Houve disparos contra manifestantes, e os jornalistas, por estarem na mesma posição que eles, acabaram por ser atingidos”, explicou Suazi durante a conferência de imprensa após a sessão do Conselho de Ministros.
Essas declarações surgem em meio a relatos de várias fontes da comunicação social que apontam para uma atuação desmedida por parte das Forças de Defesa e Segurança (FDS). No entanto, o governo mantém a posição de que os disparos não foram dirigidos à imprensa, mas sim parte de uma ação de controle de tumultos.
Suazi também indicou que as FDS têm o papel constitucional de garantir a ordem pública, e que, caso tenha havido algum excesso durante a ação policial, tal será investigado. “Se houve algum excesso por parte das Forças de Defesa e Segurança, isso ainda está em estudo. Num momento oportuno, haverá um pronunciamento mais detalhado”, disse.
A controvérsia gira em torno do uso de balas de gás lacrimogéneo e possivelmente de balas verdadeiras. O porta-voz do governo afirmou que está em andamento uma investigação para apurar os fatos e determinar se a ação foi efetivamente das FDS ou, eventualmente, de outras pessoas com a intenção de provocar o caos.
Enquanto as investigações prosseguem, a opinião pública permanece dividida. Muitos cidadãos e organizações da sociedade civil têm expressado preocupação com o que consideram um uso desproporcional da força durante manifestações pacíficas. Para além disso, a atuação da polícia em situações de protesto continua a ser um tema delicado e recorrente em Moçambique, onde o direito à manifestação é garantido constitucionalmente, mas frequentemente marcado por confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.
A expectativa agora é que as conclusões da investigação tragam clareza sobre o incidente, evitando que a tensão entre a imprensa, o governo e a sociedade civil escale ainda mais. A proteção dos jornalistas e a garantia de um ambiente seguro para o exercício da liberdade de imprensa são preocupações constantes, especialmente em momentos de alta tensão política e social, como o que se vive atualmente no país.
Palavras-chave: manifestações, jornalistas, balas de gás lacrimogéneo, governo moçambicano, Filimão Suazi, Forças de Defesa e Segurança, liberdade de imprensa.
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