Em um dos mais intensos confrontos aéreos desde o início da campanha militar russa na Ucrânia, os sistemas de defesa antiaérea da Rússia alegaram ter abatido 158 drones ucranianos de asa fixa em 15 regiões do país, conforme divulgado pelo Ministério da Defesa russo via Telegram. Este evento, ocorrido na madrugada de 1 de setembro de 2024, marca um capítulo significativo na guerra de drones entre os dois países.
O ataque, que se espalhou por regiões fronteiriças como Kursk, Briansk, Voronezh e Belgorod, também alcançou a capital, Moscovo, onde dois drones foram destruídos, com outros sete sendo interceptados nos arredores. Este não foi um ataque qualquer; foi descrito como um dos mais maciços, levantando questões sobre a capacidade defensiva russa e a escalada das hostilidades.
A AFP reportou danos em uma central elétrica a carvão perto de Briansk e uma refinaria de petróleo, enquanto um funcionário local mencionou uma tentativa de ataque à central elétrica de Kashira. A refinaria de Kapotnya em Moscovo também foi mencionada, embora as autoridades tenham assegurado que não houve danos significativos ou vítimas.
Este episódio revela não apenas a intensificação dos conflitos, mas também a crescente sofisticação dos ataques com drones, que agora atingem alvos estratégicos com precisão crescente. A resposta russa, ao menos segundo suas próprias comunicações, foi eficiente, mas o fato de tantos drones terem sido lançados sugere uma tentativa ucraniana de sobrecarregar as defesas russas.
A ironia não passa despercebida: enquanto a Rússia anuncia quase diariamente a destruição de drones ucranianos, a Ucrânia também reivindica sucessos semelhantes contra ataques russos, criando um jogo de espelhos onde a verdade pode ser tão elusiva quanto os próprios drones.
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