Tempestade “Dikeledi” avança no Canal de Moçambique e ameaça evoluir para ciclone tropical intenso

A tempestade tropical severa “Dikeledi” entrou no Canal de Moçambique na madrugada deste domingo, após atravessar a ilha de Madagáscar, e ameaça intensificar-se nas próximas horas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), há possibilidade de o sistema evoluir para ciclone tropical intenso, colocando em alerta várias regiões do norte de Moçambique.

Áreas em risco e previsão meteorológica

Os distritos costeiros de Nampula, incluindo Memba, Nacala, Monapo, Meconta, Mossuril, Ilha de Moçambique, Mogincual, Angoche e Moma, estão em alerta devido à aproximação de “Dikeledi”. A tempestade poderá atingir uma distância mínima de cerca de 150 quilômetros da costa moçambicana.

A previsão para as próximas horas inclui ventos de até 60 km/h e chuvas intensas, especialmente a partir da tarde de segunda-feira. A Marinha foi alertada para ventos com rajadas que podem variar entre 63 e 88 km/h, acompanhados por trovoadas severas e ondas com alturas de 4 a 7 metros no Canal de Moçambique.

De tempestade a ciclone: o avanço de “Dikeledi”

Classificada atualmente como tempestade tropical severa, “Dikeledi” apresenta um movimento progressivo que pode levá-la a intensificar-se para ciclone tropical e, em seguida, ciclone tropical intenso. A evolução do sistema está sendo monitorada de perto pelas autoridades meteorológicas, que mantêm a população e a Marinha informadas sobre possíveis mudanças.

O impacto potencial de “Dikeledi” inclui:

• Chuvas torrenciais: Risco de inundações nas áreas mais afetadas.
• Ventos fortes: Possibilidade de danos materiais em infraestruturas e interrupções no fornecimento de energia.
• Ondas perigosas: Condições marítimas severas que ameaçam embarcações e atividades pesqueiras.

Prevenção e medidas de segurança

O INAM reforça a importância de seguir os alertas meteorológicos e adotar medidas preventivas, como a evacuação de áreas vulneráveis, sempre que necessário. A população das regiões em risco deve estar atenta às atualizações e evitar deslocamentos desnecessários durante o período crítico.

Aos pescadores e operadores de embarcações, recomenda-se suspender as atividades no mar enquanto as condições adversas persistirem.

A tempestade em contexto

“Dikeledi” é mais um exemplo do impacto crescente das mudanças climáticas na região do sudoeste do Oceano Índico, onde ciclones tropicais têm se tornado mais frequentes e intensos. A vigilância e os esforços de mitigação são essenciais para reduzir os danos causados por esses fenômenos naturais.

Moçambique já enfrentou no passado eventos ciclónicos devastadores, como os ciclones Idai e Kenneth em 2019, que deixaram marcas profundas no país. A preparação e a resiliência da população são cruciais para enfrentar os desafios impostos por “Dikeledi”.

Palavras-chave: Tempestade Dikeledi, ciclone tropical, Canal de Moçambique, INAM, Nampula, mudanças climáticas, ventos fortes.