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Washington, EUA – Em uma reviravolta de última hora, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira, 31 de julho de 2025, por meio de uma ordem executiva, o adiamento da entrada em vigor de novas tarifas comerciais globais, inicialmente previstas para 1º de agosto, para 7 de agosto. A decisão, publicada no portal da Casa Branca, foi tomada horas antes do prazo final dado aos parceiros comerciais para negociações, visando permitir ajustes nas alfândegas americanas e avançar acordos com alguns países. Para o Brasil, a tarifa de 50% foi mantida, mas com uma lista de quase 700 produtos isentos, como suco de laranja, aviões e petróleo, enquanto setores como café e carne bovina serão impactados. A medida, que abala mercados globais, reflete a estratégia protecionista de Trump, mas também abre uma janela para novas negociações.
A ordem executiva, publicada às vésperas do prazo inicial, estabelece que as novas tarifas entrarão em vigor às 0h01 (horário da costa leste dos EUA, 5h01 em Lisboa) de 7 de agosto. Segundo a Casa Branca, o adiamento foi motivado pelo estado atual das negociações, com alguns parceiros, como Japão, Reino Unido, Coreia do Sul e a União Europeia (UE), fechando acordos preliminares para tarifas reduzidas, como 15% para produtos europeus. Outros países, como o Brasil, não chegaram a compromissos suficientes para resolver “desequilíbrios comerciais” ou alinhar-se com os EUA em questões de segurança nacional, segundo o decreto.
Trump justificou a medida como parte de sua visão mercantilista, visando “reestruturar o comércio global em benefício dos trabalhadores americanos”. A ordem cita a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA), alegando que ações de países como o Brasil, incluindo a “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança, economia e política externa dos EUA.
A tarifa de 50% contra o Brasil, que eleva a alíquota anterior de 10% em 40 pontos percentuais, foi mantida, mas com uma extensa lista de isenções que beneficia setores estratégicos. Produtos como suco de laranja, aeronaves civis (incluindo peças e motores), petróleo, fertilizantes, castanha-do-brasil, madeira tropical e metais como ferroníquel e ferronióbio estão fora da sobretaxa. A Embraer, responsável por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% de jatos executivos para os EUA, viu suas ações subirem 10% com a notícia.
No entanto, produtos como café, carne bovina e manga serão taxados, impactando setores agrícolas e industriais brasileiros. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o plano do governo para mitigar os efeitos já está pronto, sendo flexível para ajustar-se às isenções. Ele destacou que, apesar do alívio, o impacto econômico não será pequeno, especialmente para exportadores dependentes do mercado americano, que absorveu US$ 37,5 bilhões em produtos brasileiros em 2024, contra um superávit americano de US$ 7,4 bilhões.
O novo plano tarifário estabelece alíquotas diferenciadas:
Países como Japão, Coreia do Sul, Reino Unido, Vietnã e a UE conseguiram negociar alíquotas reduzidas, com a UE garantindo 15% após acordo com Ursula von der Leyen em 27 de julho. O México, após conversas entre Trump e a presidente Claudia Sheinbaum, manteve tarifas de 25% e ganhou 90 dias para negociar um novo tratado. O Canadá, por outro lado, verá suas tarifas subirem de 25% para 35%, com críticas de Trump à falta de cooperação no combate ao tráfico de fentanil.
A decisão de Trump abalou os mercados globais. As bolsas asiáticas fecharam em baixa na sexta-feira, 1º de agosto, com o índice sul-coreano Kospi caindo 3,88% e o Nikkei, em Tóquio, recuando 0,66%. Na Europa, o índice Stoxx 600 atingiu a mínima em três semanas, com quedas no DAX alemão (1,1%) e no OMXC dinamarquês (2,8%). Wall Street abriu em forte baixa, impactada pelas tarifas e por balanços corporativos fracos, como o da Amazon.
Analistas, como Wendy Cutler, do Asia Society Policy Institute, criticaram o “tarifaço” como uma ruptura nas regras comerciais estabelecidas desde a Segunda Guerra Mundial, alertando para consequências na economia global. No Brasil, a postura de Lula, que prometeu retaliação com base na Lei da Reciprocidade, foi criticada pelo economista Roberto Dumas, que acusou o presidente de priorizar interesses eleitorais para 2026 em vez de buscar diálogo com Trump.
O adiamento para 7 de agosto é visto como uma estratégia de Trump para pressionar países a aceitarem acordos favoráveis aos EUA, enquanto dá tempo às alfândegas para se prepararem. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, não descartou novos acordos antes do prazo, citando a habilidade de Trump de fechar “três negócios num dia”, como com Coreia do Sul e Paquistão. Para o Brasil, a janela de uma semana pode ser uma oportunidade para novas negociações, mas a retórica de Lula, que rejeita interferências no Judiciário brasileiro, sugere desafios. A sanção a Alexandre de Moraes, do STF, com base na Lei Magnitsky, no mesmo dia do decreto, intensifica o caráter político da disputa.
A Origamy Inc. continuará acompanhando os desdobramentos, trazendo atualizações sobre as negociações e os impactos econômicos no Brasil e no mundo.
Meta Descrição: Trump adia para 7 de agosto novas tarifas globais, mantendo 50% contra o Brasil, mas isentando suco de laranja, aviões e petróleo. Mercados reagem, e tensões com Lula persistem. Saiba mais!