A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) estima que o país sofreu um impacto econômico devastador de 1,4 mil milhões de Meticais devido à paralisação das atividades econômicas na última segunda-feira, provocada por manifestações populares. Agostinho Vuma, presidente da CTA, destacou que essas paralisações, que atingiram em cheio o setor informal, representam um duro golpe para a economia nacional e podem desencorajar o tão necessário investimento estrangeiro.
Em uma conferência de imprensa nesta quarta-feira, Vuma sublinhou que aproximadamente 90% do setor informal foi afetado pela inatividade causada pelos protestos, e as consequências disso não se limitam apenas às perdas monetárias. Segundo ele, o impacto social é igualmente alarmante, especialmente para a classe trabalhadora, que já enfrenta um cenário de desemprego crescente, com destaque para os jovens.
A crise não para por aí. Vuma alertou que a divulgação dos tumultos a nível internacional poderá afastar potenciais turistas, colocando em risco a projeção de 365 mil visitantes previstos para Moçambique. Esse cenário poderia significar uma perda adicional de 50 milhões de dólares para o país, com consequências diretas para o setor hoteleiro, de transporte e de serviços.
“Com essa publicidade negativa, nosso já frágil setor turístico pode enfrentar um verdadeiro desastre”, afirmou Vuma. “E numa época em que o turismo era visto como uma esperança de crescimento econômico pós-pandemia, a repercussão desses protestos pode nos empurrar ainda mais para trás.”
O setor privado também expressou profunda preocupação, pedindo um fim imediato às manifestações, que têm interrompido a produção e ameaçado o sustento de milhões de trabalhadores. De acordo com Vuma, as empresas não apenas registram perdas devido à inatividade, mas também enfrentam uma dificuldade crescente em acessar financiamento para recuperar seus prejuízos.
O aviso é claro: as manifestações, se continuarem, poderão contribuir para o aumento do custo do crédito, agravando ainda mais a já difícil situação das empresas moçambicanas. Recentemente, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou o rating de endividamento de Moçambique
, o que, segundo o presidente da CTA, torna o cenário ainda mais preocupante. “O custo do financiamento, tanto interno quanto externo, vai subir, e isso tornará ainda mais difícil para as empresas se reerguerem após essas perdas”, lamentou.
Um apelo à paz e à estabilidade
Para Vuma, a solução passa por uma reflexão urgente sobre os métodos de reivindicação adotados. Ele apela às forças políticas, sindicatos e servidores para que explorem formas alternativas de protesto que não causem impactos tão profundos na vida da população.
“É necessário um esforço coletivo para restaurar a estabilidade e proteger o futuro da nossa economia”, defendeu. “Dizemos um vigoroso ‘não’ à greve, não pelo direito de se manifestar, mas porque precisamos encontrar maneiras de reivindicar nossos direitos sem destruir o país no processo.”
Enquanto o país tenta se recuperar dos danos imediatos, a mensagem da CTA é clara: paz e estabilidade são essenciais para garantir o futuro econômico de Moçambique, e as manifestações podem colocar tudo isso em risco.
Palavras-chave: Moçambique, CTA, manifestações, economia, setor informal, turismo, Agostinho Vuma, Standard & Poor’s.
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