Rapto à luz do dia: Empresário paquistanês sequestrado na Matola C

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Mais um capítulo sombrio na onda de raptos em Moçambique. Desta vez, a vítima foi um empresário de nacionalidade paquistanesa, raptado nas primeiras horas desta segunda-feira, na Matola C, província de Maputo. O crime ocorreu quando o empresário deixava sua residência a caminho do trabalho. Segundo a Polícia da República de Moçambique (PRM), indivíduos armados e desconhecidos, a bordo de um veículo ligeiro, foram os autores do ato.

Testemunhas que vivem nas proximidades relataram momentos de pânico e acção rápida. “Só ouvimos os disparos. Quando saímos à rua, vimos o carro arrancando e o motorista correndo atrás dele. Sugerimos que ele pegasse outro veículo e seguisse por outra rua”, revelou um morador.

Carmínia Leite, porta-voz da PRM na província de Maputo, afirmou que as autoridades já estão em coordenação com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) para desvendar o caso, neutralizar os sequestradores e garantir o retorno seguro da vítima à família. No entanto, muitos questionam a eficácia dessas acções, considerando o aumento alarmante dos raptos no país, que se tornam cada vez mais ousados e frequentes.

Embora a PRM garanta estar empenhada em combater este tipo de crime, a sensação de insegurança na população cresce. Os residentes da Matola C, área predominantemente residencial, agora vivem sob o espectro do medo. “Ninguém está seguro. Parece que os criminosos fazem o que querem e saem impunes”, desabafou outro morador.

Os raptos em Moçambique têm se tornado uma espécie de indústria paralela, com esquemas sofisticados que frequentemente escapam ao controle das autoridades. As vítimas, muitas vezes empresários ou membros de comunidades economicamente influentes, são alvos de grupos organizados que utilizam armas de fogo e tácticas rápidas para agir sem deixar rastros imediatos.

Este caso reforça a necessidade de um combate mais eficaz ao crime organizado no país, além de um sistema de inteligência mais robusto para prevenir tais incidentes. Enquanto isso, as famílias vivem na incerteza, esperando que a próxima vítima não seja um de seus entes queridos.

O empresário raptado na Matola C é mais uma estatística em uma lista que parece não ter fim. A sociedade clama por respostas, enquanto as autoridades caminham numa linha tênue entre promessas e resultados.

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