O início das atividades de formação de 120 formadores no Centro de Formação Profissional na Matola foi adiado por tempo indeterminado devido às manifestações que se intensificam por todo o país. A informação foi confirmada por Mety Gondola, secretário de Estado do Ensino Técnico Profissional, que justificou a medida como necessária para garantir a segurança dos envolvidos.
“Não havia condições para que se iniciasse com o concurso. Antes de tudo, temos que preservar a vida das pessoas. Não podíamos colocar os formadores em risco ignorando a realidade que estamos a viver”, declarou Gondola, destacando a gravidade da situação.
As manifestações, que tomaram conta de várias regiões, resultam de descontentamentos sociais e econômicos, criando um ambiente instável. A decisão reflete a preocupação do governo em mitigar riscos e preservar vidas, enquanto busca soluções para os problemas que desencadeiam os protestos.
Com o adiamento, a agenda do Centro de Formação terá que ser revisada. Gondola informou que haverá necessidade de reprogramar as atividades para assegurar que os objetivos definidos previamente sejam alcançados. Contudo, ainda não foi divulgada uma nova data para o início das formações.
O programa de formação é parte de um esforço mais amplo para fortalecer o ensino técnico-profissional em Moçambique, capacitando formadores para atender à crescente demanda por mão de obra qualificada no mercado.
Enquanto o adiamento é visto como uma medida preventiva, especialistas alertam para o impacto das manifestações no sistema educacional. “Cada dia perdido é um atraso no desenvolvimento da educação técnica no país, algo que já enfrenta desafios estruturais consideráveis”, afirmou um analista.
Por outro lado, organizações da sociedade civil enfatizam que as manifestações refletem questões profundas que precisam de atenção urgente, e que a segurança e a qualidade do ensino não devem ser comprometidas em meio à turbulência.
A reprogramação da formação de formadores depende da estabilização da situação no país. Enquanto isso, o governo enfrenta o desafio de lidar com as demandas dos manifestantes e manter o funcionamento dos serviços essenciais, incluindo a educação.
As decisões tomadas nos próximos dias serão cruciais para definir os rumos do ensino técnico-profissional e a resposta às crises sociais que o país enfrenta.
Palavras-chave: formação de formadores, ensino técnico-profissional, Matola, manifestações, adiamento, segurança, Mety Gondola.
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