Greve na Disneylândia: “Os balões que vendemos são mais caros do que o que ganho por hora”

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Pela primeira vez em 40 anos, os trabalhadores da Disneylândia no sul da Califórnia estão à beira de uma greve histórica. Quatro sindicatos, representando mais de 14 mil funcionários, votaram quase unanimemente a favor de convocar uma greve para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Esta possível paralisação, aprovada por 99% dos trabalhadores, reflete a insatisfação generalizada entre os “cast members” – como são chamados os funcionários da Disney.

 

Protestos e Desigualdade

Entre os 99% que votaram a favor da greve estão centenas de trabalhadores que recentemente protestaram em frente ao parque de diversões, exigindo melhores salários. Cynthia Carranza, funcionária de limpeza da Disney, compartilhou sua experiência com a CNN International: “Os balões que vendemos no parque são mais caros do que o que estou a ganhar por hora. Tenho de trabalhar uma hora e meia se quiser comprar um desses balões da Disney.” Carranza, que ganha 20,65 dólares por hora, já teve que viver em seu carro com seus dois cães por não conseguir pagar um aluguel na cara Califórnia.

 

Salário Mínimo e Custo de Vida

A partir de 1º de abril, o salário mínimo para trabalhadores de fast food na Califórnia subiu para 20 dólares por hora. No entanto, em Anaheim, onde está localizada a Disneylândia, os trabalhadores do parque recebem um salário mínimo de 19,90 dólares por hora – um valor considerado insuficiente. Segundo o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma pessoa solteira e sem filhos precisaria ganhar 30,48 dólares por hora para viver perto da Disneylândia.

 

Condições de Trabalho e Repressão Sindical

Além das questões salariais, a decisão de votar pela greve também foi motivada por queixas de práticas laborais desleais. Em junho, os sindicatos apresentaram uma queixa ao National Labor Relations Board, alegando que a Disney intimidou e disciplinou ilegalmente trabalhadores que usavam crachás sindicais com a imagem do punho do Mickey Mouse erguido.

 

A Disney respondeu à CNN International que o uso de crachás sindicais violava a política de uniformes do parque, e que apenas “uma mão cheia” de trabalhadores foi repreendida. A empresa afirmou que se esforça para oferecer aos visitantes “uma experiência ininterrupta e envolvente” e que qualquer distração seria abordada.

 

Próximos Passos

As negociações continuam com mais duas reuniões agendadas para os dias 22 e 23 de julho. O desfecho dessas reuniões será crucial para determinar se a primeira greve em 40 anos na Disneylândia se tornará uma realidade. 

 

Os trabalhadores da Disneylândia estão lutando por um salário que reflete o alto custo de vida na Califórnia. A possibilidade de uma greve histórica destaca a urgência de suas reivindicações e a necessidade de um diálogo justo entre a Disney e seus funcionários. Resta saber se a magia da Disney se estenderá ao tratamento justo de seus trabalhadores.

 

Palavras-chave: Greve na Disneylândia, salários baixos, condições de trabalho, sindicatos da Disney, protestos dos trabalhadores, custo de vida na Califórnia, políticas de uniformes Disney, práticas laborais desleais, experiência dos visitantes, negociações sindicais.

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4 comentários a “Greve na Disneylândia: “Os balões que vendemos são mais caros do que o que ganho por hora””

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